Análise: Aa! Megami-sama (Ah! My Goddess) [Primeira Temporada]  

Postado por Kitsune



Ah! Megami-sama é uma das comédias românticas mais aclamadas do japão. A primeira temporada da série de TV (2005), com 24 episódios, começa nos contando a história de Morisato Keiichi.

Keiichi é um 'segundanista'* na Universidade de Tecnologia de Nekomi. Azarado, baixinho, 'sem traços marcantes no rosto' e duro, como ele mesmo se define, não tem sorte com a garota por quem se interessa, e ainda por cima é amplamente abusado pelos senpais de seu clube na faculdade (Clube do Automóvel).

O primeiro episódio parecia só mais um dia azarado na vida do rapaz, mas o destino dele mudaria completamente. Depois de ter que cuidar do dormitório do clube (que sabe-se lá por que, não aceita mulheres) sozinho, e ainda fazer uma listinha de limpeza e arrumações no lugar, tinha que receber uma ligação de um senpai. A ligação não vem, e Keiichi ainda espera uma hora, antes de se cansar e telefonar para ele. O que ocorre aqui é aparentemente uma discagem incorreta, que vai dar na... Linha de Ajuda das Deusas.


Eis que surge, de dentro do espelho mais próximo, a deusa Belldandy. Ela diz que pode lhe conceder um desejo, para compensar o seus problemas, graças a bondade dele. Keiichi é, desde sempre, um daqueles protagonistas bonzinhos que vivem se dando mal. Embasbacado com o que acabara de ver, e incrédulo demais com toda a situação e a beleza e gentileza da outra, acaba soltando essa: "Eu gostaria de ter alguém como você para sempre comigo"

Não é que o pedido é aceito? Até mesmo a deusa fica incrédula, mas, completamente pura e boa, fica feliz de isto ser possível. Pena que, depois desse atraso todo, os senpais retornam ao dormitório exatamente quando estava o casal lá. Por quebrar uma regra e 'levar' uma garota para o lugar, Keiichi é expulso.

Belldandy é uma personagem muito carismática, e ajuda muito nosso amigo azarado com seus poderes divinos. Os dois acabam podendo morar num templo, após um 'empurrãozinho' do roteiro a fim de deixá-los sozinhos. A partir daí, unidos pela Força Suprema que concedeu o desejo, ou nem sempre por ela, as confusões - no bom sentido - começam e não têm mais fim. Afinal, ninguém disse que tirar uma deusa do céu e 'tomá-la para si' seria algo simples.


A série vai se desenvolvendo no formato 'problema do dia': este é apresentado até cerca da metade do episódio, e o resto do tempo é usado para resolvê-lo e tirar uma moralzinha no fim.
Poucos fatos ou ideias ligam eles, salvo o caso dos quatro episódios finais (que foi mais com a intenção de finalizar de forma emocionante). Isso me incomodou um pouco, porque, apesar de ser um ótimo anime, muitas coisas poderiam ter ficado de fora, e outras poderiam ser postas para criar uma história menos fixa. Faltou um plot que avançasse, que instigasse. Talvez por isso fiquei com a impressão de que tudo poderia ser compactado em 15 ou 20, ao invés de 24.

Certos episódios vão servindo de artifício para unir Belldandy e Keiichi gradualmente. Isso me fez torcer por eles - e gosto muito quando isso acontece. Outros, para desenvolver a relação mais profundamente. Alguns são muito agradáveis, com uma atmosfera romântica (e ao mesmo tempo jovial, não piegas) que me chamou a atenção. A contraparte desse clima vem nos personagens Urd, Marller e Skuld, em especial esta última. Entrando mais tarde, eles fazem uma linha mais cômica e descontraída. Infelizmente, Skuld tende a ser pentelha - aliás, graças a ela é que não temos uma resolução do casal principal, porque ela não quer perder sua irmã mais velha nem para Keiichi. Vem a servir, concluindo, meramente para aumentar o número de episódios. Mas é algo que se pode relevar; toda comédia romântica deve ter o seu chato [Mas, se encontrarem uma sem, não deixem de me avisar!].

O traço é outro ponto forte. Os desenhos e as cores são simples mas cairam como uma luva, além de terem personalidade própria, e estilo. As deusas se vestem de um jeito engraçado, o que de certa forma é ponto positivo, já que não há pretexto pra não desenhar todo aquele tecido em movimento - até que fizeram isso por bastantes vezes.

A trilha sonora me chamou a atenção algumas vezes, por ser uma base agradável. Não saiu do contexto uma vez sequer. A abertura e o primeiro encerramento são ótimos, dá pra ficar ouvindo eles sempre. Fiquei decepcionado apenas com a segunda ending, percebi que ela não conseguiu pegar o clima do anime.

Em tudo relativo ao 'céu' (nomenclatura das deusas, por exemplo), nota-se a influência da mitologia nórdica, o que não atrapalha o andamento da coisa. Pode até ser algo de fundo interessante, como se vê nos episódios envolvendo o acontecimento do Ragnarok.

Chegando a esse ponto, é necessário falar do final desta primeira temporada. Assim como os personagens, ele não foi nada inovador, especial ou criativo. É talvez até morno, se compararmos com a satisfação que o resto da série trouxe. Não é admissível, entretanto, dizer que foi um fim desagradável ou ruim. Apenas faltou, como já comentei antes, um enredo que pudesse seguir até o final e lá ter sua resolução. Óbvio que é bom esta fórmula não ser seguida às vezes - mas contanto que haja um proposta melhor. Ah! My Goddess é muito interessante no começo e nos durantes, mas não teve um desfecho a sua própria altura.

* No Japão, a faculdade é dividida em anos, assim temos os primeiranistas - novatos, segundanistas, terceiranistas...




Avaliação:

História: 2,5/5,0

Personagens: 4,1/5,0

Visual: 4,0/5,0

Trilha Sonora: 3,5/5,0

Qualidade no gênero: Romance - 4,5/5,0; Comédia - 2,5/5,0

Geral: 3,5/5,0


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Imagem: Pérola de MSN  

Postado por Kitsune



Calma, amiguinho. O Google te perdoa.


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Blog: Igreja Internacional  

Postado por Kitsune

Por esses dias, foram postadas por mim algumas frases de revolta com relação ao que foi escrito aqui.

Qual foi a minha surpresa ao descobrir que o tal blog Igreja Internacional não era nada mais que um site de humor. Era até óbvio, na verdade. "Eu fui pego".

Impressionante como os posts são de um humor muito bom, pegando em cheio o espírito de um daqueles crentes cegos. Magic, anime, rock, Yoga, RPG e, porque não, o Gênesis - tudo é motivo de sátira, disfarçada como acusação de satanismo e uso de maconha.

Confiram.


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Texto: Ditos populares em linguagem jurídica  

Postado por Kitsune

Do genero fêmea ruminante deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço. (A vaca foi para o brejo)

Creio que V.Sa. apresenta comportamento galhofeiro perante a situação aqui exposta e desenvolvida. (Você tá de sacanagem)

Prosopopéia flácida para acalentar bovinos em boa hora. (Conversa mole pra boi dormir )

Romper de sosleio a face. (Quebrar a cara)

Creditar um primata. (Pagar um mico)

Inflar o volume da bolsa escrotal. (Encher o saco)

Impulsionar a extremidade do membro inferior contra a região glútea de outrem. (Dar um pé na bunda)

Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentáculo de uma das unidades de acampamento. (Chutar o pau da barraca)

Deglutir um batráquio. (Engolir um sapo)

Colocar o prolongamento caudo-sacral em meio aos membros inferiores. (Meter o rabo entre as pernas)

Derrubar com intenções mortais. (Cair matando)

Eximir de qualquer tipo de sorte. (Azarar)

Aplicar a contravenção do Senhor João, este deficiente físico desprovido de sorte de um dos membros superiores. (Dar uma de João sem braço)

Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira. (Nem a pau)

Sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais, por via refelxo diafragmática. (Nem que a vaca tussa)

Sequer considerando a utilização de instrumentos metálicos. (Nem ferrando)

Derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente. (Chutar o balde)

Desejo veementemente que V.Sa. receba contribuições satisfatórias e inusitadas em vossa cavidade retal. (Vá tomar no cu)

Desejo veementemente que V.Sa. performe fornicação na imagem de sua própria pessoa com intuito de autocoemptio. (Vá se fuder)


De Luiz Costa, secretário do senador Gilberto Mestrinho. É, na política sempre se tem tempo livre pra escrever...

Fonte: O Avesso/Blog do Simão Pessoa.


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Vídeo: WTF em Boukenger  

Postado por Kitsune



A parte da explosão foi, erh... Criativa.

Fonte: Seita Senpuu.


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Vídeo: Aprendendo inglês fluente, com Joel Santana  

Postado por Kitsune


Ééééééééééééé.

Fonte: Kibe Loco.


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Vídeo: Feliz Dia dos Namorados...  

Postado por Kitsune

...Para quem tem namorada (o). Se você não tem, fique com a dica infalível do vídeo abaixo. Ainda dá tempo de arranjar uma alma gema.



Corra pra pegar emprestado o violão do seu amigo. (Só não esqueça de ficar com o sorriso de bobo do cara do vídeo.)


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Review: Yoru no Call - Asian Kung-fu Generation  

Postado por Kitsune



Yoru no Call é o novo PV da banda de J-Rock Asian Kung-fu Generation.
A música é extremamente interessante, por usar diversos pequenos desvios do estilo a que os fãs estavam acostumados. Os vocais estão mais trabalhados, levemente mais rápidos, e cessam menos. Não temos só a voz do Gotoh, temos também sua habilidade em manusear o ritmo dela. O backing vocal se destaca pouco por permanecer na maior parte da música, uniformemente - é uma adição artística para os bons ouvintes.


As guitarras são mornas, nem inovadoras nem desagradáveis. Infelizmente, poderiam ter mais pausas, e serem menos base. A primeira vista, elas faziam parecer que a intenção da música era de explodir no refrão - algo em que teriam falhado. Mas o desejo parece ser de um refrão contínuo aos versos - e estes tornam aquele meio apagado. Em suma, Kita e Gotoh parecem tocar o mesmo riff a melodia toda, salvo raros momentos.

A bateria segue o bom (maravilhoso) estilo de sempre de Ijichi, porém com adição de pausas para um efeito bem bacana, como em 00:46-00:51, dando transição entre um verso e outro, coisa que em geral era feita com viradas de bateria (acompanhadas pelo baixo).

Yamada toca com seu timbre mais gordo e grave, alternando com médio-graves no versos, e bases mais médias e próprias de seus refrões. A surpresa da música fica no solo de seu contrabaixo entre 02:14 e 02:36. Puxando para um estilo com mais groove, com as guitarras lembrando até ritmo de reggae. Muito agrádavel, e - feliz ou infelizmente - se destacando muito mais que o refrão e interlúdios, algo bem incomum nas melodias da banda.

Musicalmente, portanto, Yoru no Call é algo evoluida e incomum, e por que não dizer, levemente mais ocidentalizada. Difícil de explicar.

O clipe ficou ótimo, e mais trabalhado que os anteriores, sem dúvida. Mostra eles chegando ao 'local de trabalho', os instrumentos, a produção dos fantoches (que ficaram uma graça, e bem característicos - vide o Yamada goblinóide!), e, o que não podia faltar, eles tocando. Interessante as brincadeiras rápidas que o quarteto faz entre si mesmos, entre as sombras e luzes na parede e entre os seus mascotes.

Meio que um metaclipe, como em parte são vários outros do Ajikan. É como "vamos fazer um clipe?", mas sem mostrá-lo, e sim expor retalhos do seu making of. Engraçado comparar o começo com o final - são iguais, porém o fim está ao contrário -, os móveis aparecendo ou desaparecendo na ordem inversa, e ao mesmo tempo um quê de stop motion.

Vale citar o end filosófico-cinematográfico, com Gotoh olhando para trás e vendo o boneco com o punho cerrado para cima, tipo 'valeu campeão'. Isto, combinado à letra, transforma Yoru no Call em uma música de transição entre uma banda iniciante e uma veterana, como que na própria opinião do grupo. A letra, aliás, está bem acima da média de qualidade e clareza das antigas - claramente expressa um adeus ao Ajikan do passado, porém com um saudosismo enorme, 'gostaríamos de poder ser sempre os mesmos, mas evoluimos e agora é bola pra frente... Ah, que saudade'.

Ligação Noturna


Almejo por um local com minhas mãos levantadas, meus olhos tampados e meu coração trancado
Mesmo assim, você continua indiferente ao som das batidas¹ no vidro da sua janela
Parece que sempre que chove de madrugada amanhece nevando
Em dias assim, mesmo meu coração se dispersa e fica impaciente

As teorias dos cientistas sobre as palavras de Freud são imaginárias
O vidro da sua janela é triste, pois ecoa um surrealismo verde fingido²
Quando tudo se tornou cinzas ao invés de acabar em cinzas?³
Ficaremos bem se continuarmos preocupados com esse tipo de coisa?

Quando me expresso com palavras, soo distante. Quando foi que fiquei tímido?
Com certeza, apenas sentimentos não me levarão a lugar nenhum
Quando me expresso com palavras, pareço distante. Mesmo assim, espero continuar cantando
Mesmo que esteja tão frio lá fora, dê somente um passo para fora de seu quarto
E eu te levarei a outro mundo

Será mesmo impossível expressar todos os sentimentos com palavras?
Mesmo que seja, acho que não conseguimos escapar dessas mesmas palavras
Quando nossa geração alcança suas limitações
Não adianta mais cantar uma música, pois sobre o que cantaremos?⁴

Quando me expresso com palavras, soo distante. Quando foi que fiquei tímido?
Com certeza, apenas sentimentos não me levarão a lugar nenhum
Quando me expresso com palavras, pareço distante. Mesmo assim, espero continuar cantando
Mesmo que esteja tão frio lá fora, dê somente um passo para fora de seu quarto
E eu te levarei a outro mundo

E assim o futuro será seu.


Pra quem curtiu, vale conferir a Comunidade no Orkut; de lá foi tirada a letra e também por lá achei o vídeo.


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Imagem: Placas de sinalização  

Postado por Kitsune

(Para vê-la maior, clique na imagem)

Fonte¹: Fórum Autoracing.
Fonte²: Não encontrada. Penei no orkut, mas não encontrei o tal Marcelo Barbará.


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Reforma?  

Postado por Kitsune


Hoje o blog passará por uma mudança de template.
Quando terminarem as mudanças, editarei este post.

Edit:
E, no final das contas, o template que ia ser usado bugou totalmente. Tentei consertar com garra, mas nada dava certo. Continuamos então com o nosso Jeans.


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